A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA), por meio da Comissão de Defesa da Mulher e da Advogada, acompanha de perto o caso da advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva vítima de tentativa de feminicídio pelo ex-companheiro Lúcio André Silva Soares, que se encontra foragido e possui duas decretações de prisão preventiva. De acordo com a Comissão, a polícia investigativa tem que cumprir de imediato o mandado de prisão, pois a vítima foi ameaçada e está sofrendo risco iminente de morte.
Esta semana, a Comissão, na pessoa da sua presidente Nereida Batalha, da vice-presidente Vivian Bauer, e das advogadas e membros da Comissão, Larisse Barros Lima e Maria de Ribamar acompanharam, na delegacia, o depoimento de uma das testemunhas cruciais do caso, que presenciou a tentativa do feminicídio. Na ocasião, a Comissão também conversou com a advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva.
Durante a conversa com as representantes da Comissão da OAB/MA, a advogada Ludmila relatou os momentos de pânico a que foi submetida durante o seu trajeto até a sua casa e o medo de ser morta a qualquer instante pelo agressor. Ela relatou ainda o sofrimento na delegacia na hora de prestar seu depoimento. “Sentia muitas dores, meu nariz sangrava muito. Esperei bastante para que eu pudesse prestar meu depoimento e o procedimento fosse completo. Isso não está correto. Já relatei o ocorrido na Delegacia da Mulher”, revelou a vítima.
Para a presidente da Comissão da Mulher e da Advogada, Nereida Batalha, é preciso que o agressor seja imediatamente preso. “A lei é para todos. Precisamos que a polícia aja o quanto antes no sentido de prender o agressor. É um caso chocante de mais uma tentativa de feminicídio. Temos que combater essa prática. Confiamos no trabalho da Justiça e também da polícia”, frisou.
O agressor, que se encontra foragido, desde que o delegado plantonista do Plantão do Cohatrac, Válber Braga, arbitrou fiança de R$ 4.685 pelo crime, liberando-o em seguida mediante o pagamento do valor. No dia seguinte à soltura do agressor pelo delegado plantonista, a Justiça do Maranhão decretou a prisão preventiva de Lúcio Genésio, que continua foragido. Vale frisar que o Ministério Público e a Justiça desqualificaram a decisão do delegado e com o pedido do MP, a Justiça decretou o pedido de prisão preventiva do agressor. Com essa, o agressor Lúcio André Silva Soares tem duas decretações de prisões preventivas.
Respeito à vítima
Em um caso de violência e principalmente em uma tentativa de feminicídio como ocorreu com a advogada é muito importante que se respeite a vítima. Nesses casos, a preservação da imagem da mulher agredida sempre estará em primeiro lugar para Seccional Maranhense da Ordem.
Desde que soube do ocorrido, a OAB Maranhão, por meio da Comissão da Mulher e da Advogada, colocou-se à disposição da vítima para assisti-la no que fosse preciso. “É preciso respeitar todo o processo a que uma vítima é submetida. Além do trauma físico, tem a questão psicológica, social e moral a quê ela foi exposta. A OAB continua acompanhando o caso de perto e dando todo apoio à advogada, bem como cobrando das autoridades celeridade na resolução do caso”, enfatizou o presidente da OAB Maranhão, Thiago Diaz.
“O respeito à vítima sempre estará em primeiro lugar. Nosso trabalho é em prol de todas as mulheres, mas essa atenção principal é porquê é uma advogada. Precisamos abraçar essa causa e mostrar que a luta pela solução do caso dela deve servir de exemplo para outras mulheres que não devem se submeter a qualquer tipo de violência”, finalizou a presidente da Comissão Nereida Batalha.